O município enfrenta um novo crescimento dos casos de dengue em 2025. De acordo com o Boletim Epidemiológico mais recente, atualizado em 24 de novembro, já são 2.991 casos notificados desde o início do ano, abrangendo o período das semanas epidemiológicas 1 a 47. Desse total, 1.016 diagnósticos foram confirmados, enquanto 924 são considerados autóctones, ou seja, contraídos dentro da própria cidade. Até o momento, não houve registro de óbitos pela doença. O mapeamento espacial dos casos mostra que a dengue segue distribuída por diferentes bairros, mas com maior concentração em determinadas regiões. Um levantamento realizado com base em dados do SINAN, atualizado em 17 de novembro, mostra áreas críticas com mais de 30 confirmações, além de regiões com incidência intermediária (entre 10 e 29 casos) e locais com até 9 registros.
Além disso, a análise do perfil dos pacientes revela que a doença atinge faixas etárias e gêneros variados, indicando que não há um único grupo populacional mais vulnerável. Segundo o boletim, também atualizado em novembro, o município apresenta registros distribuídos entre homens e mulheres de diferentes idades.
Vacinação avança, mas foco segue em adolescentes
Uma das principais estratégias do município para conter o avanço da dengue é a vacinação em adolescentes de 10 a 14 anos. A campanha segue em andamento e vem sendo monitorada por meio dos sistemas de registro do IDS Saúde. Os dados, que ainda são parciais, mostram que o público-alvo tem sido priorizado. A medida reforça o papel da imunização como prevenção adicional ao controle do mosquito, especialmente após o aumento de notificações e confirmações neste ano.
Casos Confirmados de Dengue por Bairro em Pato Branco (2025)
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Bairro
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Casos Confirmados (2025)
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Faixa de Incidência
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|---|---|---|
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Planalto
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156
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Alta (30+)
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São João
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107
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Alta (30+)
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São Cristóvão
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105
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Alta (30+)
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Centro
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78
|
Alta (30+)
|
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Alvorada
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53
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Alta (30+)
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Bela Vista
|
44
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Alta (30+)
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Fraron
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36
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Alta (30+)
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Morumbi
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29
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Média (10 a 29)
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Parzianello
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22
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Média (10 a 29)
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Santo Antônio
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21
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Média (10 a 29)
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Cristo Rei
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18
|
Média (10 a 29)
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Sudoeste
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24
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Média (10 a 29)
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Jardim Floresta
|
24
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Média (10 a 29)
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Menino Deus
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12
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Média (10 a 29)
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São Roque do Chopim
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14
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Média (10 a 29)
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Santa Terezinha
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10
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Média (10 a 29)
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Aeroporto
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8
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Baixa (01 a 09)
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Industrial
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8
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Baixa (01 a 09)
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Bonatto
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7
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Baixa (01 a 09)
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Pagnoncelli
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6
|
Baixa (01 a 09)
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Chikungunya também preocupa, mas sem registro de óbitos
O boletim epidemiológico também traz informações sobre a circulação de outra arbovirose: a chikungunya. Entre 2023 e 2025, foram contabilizados 828 casos notificados, dos quais 405 foram confirmados, incluindo 373 autóctones. Assim como no cenário da dengue, não houve óbitos registrados pela doença no período analisado.Autoridades pedem colaboração da população
Apesar dos esforços de vacinação e do monitoramento epidemiológico constante, as autoridades consideram que a participação dos moradores segue sendo decisiva para evitar novos surtos da doença. O controle do mosquito Aedes aegypti — transmissor da dengue e da chikungunya — continua sendo o principal desafio, especialmente nos períodos de maior umidade e calor, quando a proliferação tende a aumentar. O boletim reforça ainda que os dados apresentados são parciais e sujeitos a alterações conforme novas notificações forem registradas e as investigações epidemiológicas forem atualizadas.Clique e confira o Boletim Epidemiológico.

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