O setor agropecuário paranaense se destaca no cenário nacional com um salário médio mensal de R$ 3.428 no segundo trimestre, superando em 58,5% o rendimento médio de R$ 2.163 alcançado pelos trabalhadores do setor em âmbito nacional. Os dados, divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD) do IBGE na semana passada, reforçam a pujança da economia rural do Paraná.
No período de um ano, a remuneração média dos trabalhadores da agropecuária paranaense registrou um aumento real de 23%, já com o desconto da inflação. Em contraste, os rendimentos no setor primário brasileiro como um todo avançaram em média 5,2% no mesmo intervalo. Essa disparidade fez com que o salário médio dos ocupados na agropecuária brasileira correspondesse a apenas 63% do paranaense, uma queda significativa em relação ao percentual de 74% registrado um ano atrás.
O rendimento médio do trabalhador agropecuário paranaense se destaca não apenas em relação à média nacional, mas também supera o de outros estados com forte produção no setor, como Santa Catarina, Mato Grosso, Goiás, São Paulo, Minas Gerais e Pará. Jorge Calado, diretor presidente do Ipardes, explica a influência que a elevação da renda agrícola exerce sobre toda a economia paranaense.
“Essa média salarial elevada em relação à média do país impulsiona vários segmentos produtivos do estado”, afirma Calado, ressaltando que o Paraná, apesar de ocupar em média apenas 2,3% do território nacional, é responsável por aproximadamente 14% da produção de grãos do país. “Estes dados já antecedem uma boa previsão de uma atividade econômica regional e do nosso PIB”, complementa.
O maior aumento dos salários no Paraná é resultado, entre outros fatores, da elevação da produção agrícola em si. Segundo o levantamento mais recente do IBGE, acompanhado pelo Ipardes, a colheita de cereais, leguminosas e oleaginosas deve totalizar 45,7 milhões de toneladas no Paraná na safra deste ano, superando em 22% o volume produzido no ano passado. A produção de soja deve apresentar ampliação de 14%, já a de milho deve exibir um acréscimo de 33%, considerando a primeira e a segunda safras somadas.



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