Uma aventura memorável começou quando quatro amigos decidiram pegar suas motos e cruzar fronteiras rumo ao oceano Pacífico. Durante 15 dias, a viagem contou com paisagens deslumbrantes, desafios no caminho e um mergulho em culturas diferentes da nossa. Aqui está o resumo dessa jornada que virou livro.
O roteiro e os destinos da viagem
A jornada, segundo Jeferson Carrea, começou no Brasil e seguiu por Corrientes, na Argentina, passando pelo túnel do Rio Paraná, Córdoba e, finalmente, os famosos Caracoles, na divisa entre Argentina e Chile. Cruzar os Caracoles era um dos grandes objetivos da viagem, um caminho sinuoso e marcante que levou o grupo até o Oceano Pacífico. No Chile, eles visitaram Valparaíso e Viña del Mar, apreciando a beleza do litoral. No retorno, incluíram uma parada no vulcão ativo Villarrica, uma experiência incrível e surpreendente. A volta passou por Buenos Aires, onde puderam explorar mais da cultura argentina antes de chegarem de volta ao Brasil.
Encontros e hospitalidade pelo caminho
Viajar é mais que mudar de lugar: é conhecer pessoas. Durante o trajeto, os amigos encontraram gente simples e receptiva, disposta a ajudar. Taxistas e moradores locais ofereceram dicas e até acompanhavam os motociclistas ao destino, mostrando o lado acolhedor da cultura argentina e chilena. Ele lembrou que mesmo com receio nas cidades maiores, como Córdoba, os viajantes se surpreenderam com atitudes de gentileza. Um motociclista local, por exemplo, fez questão de ajudá-los e os orientou sobre áreas seguras para explorar. Em Corrientes, os relatos de violência os levaram a buscar um camping fora da cidade, mas ainda assim vivenciaram a hospitalidade de quem queria conhecer as motos e bater um papo.
Diferenças culturais e gastronômicas
Viajar é também explorar novos sabores. Na Argentina, comentou Correa, o tradicional arroz com feijão ficou para trás. Em seu lugar, muita carne bem preparada e massas foram os pratos mais comuns. Já no Chile, os viajantes relataram encontrar preços um pouco mais altos, mas não faltavam boas opções de comida, além de lanches rápidos nos postos de combustível. A experiência foi enriquecedora, mesmo com a barreira inicial do idioma. Aos poucos, os amigos pegaram o jeito do espanhol e conseguiram se comunicar bem, provando que, quando há boa vontade, a língua não é obstáculo.
Diferenças no trânsito e segurança
As diferenças culturais também apareceram no trânsito. No Chile, a organização chamou atenção, com mais policiamento e estradas bem regulamentadas. Já na Argentina, fora das grandes cidades, a presença de policiais era menor, trazendo um senso de liberdade para os motociclistas, mas também um pouco de apreensão em algumas regiões. Cidades maiores, como Córdoba e Corrientes, exigiam cuidado redobrado, mas o restante do trajeto foi tranquilo e seguro. Os relatos mostram como situações inesperadas podem surgir, mas são parte da experiência de viagem.
Desafios da comunicação em 2010
Sem os recursos de tecnologia que temos hoje, como aplicativos, redes sociais e smartphones modernos, a comunicação foi um verdadeiro desafio. Na época, o grupo usava um GPS simples que parou de funcionar no caminho e precisou ser abandonado.
As ligações para casa eram feitas em cabines telefônicas nos postos de combustível ou em lan houses, onde aproveitavam para enviar e-mails e avisar que estavam bem. Não havia cartões internacionais, então todo o planejamento financeiro foi feito com dinheiro vivo, trocando moedas ao longo do percurso.
Um projeto que virou livro
De tanto registrar essas histórias da viagem, um dos amigos resolveu transformar o relato em palavras, lançando o livro que narra toda a experiência. Viajar não é só viver o momento, mas também guardar memórias e reaprender com elas no futuro.
Conclusão
Essa jornada de moto do Brasil ao Pacífico é uma prova de que viajar não precisa de luxo, apenas de coragem e espírito de aventura. Entre paisagens marcantes, culturas diferentes e desafios no caminho, o grupo mostrou que o que realmente importa são as experiências e as histórias vividas. Seja sobre duas rodas ou de outro jeito, viajar é sempre um convite para mergulhar em novos mundos e ver o mundo com outros olhos. Quem sabe não é hora de planejar sua própria aventura?
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