Um novo cenário, uma nova cultura, um novo ponto turístico. Tudo isso, o Sudoeste está prestes a conquistar, com a mais nova plantação de lúpulo (Humulus lupulus L.) que em breve, será implantada no solo sudestino. O empreendimento é uma iniciativa de Wagner Piaceski, que investiu os últimos três anos em planejamento financeiro e estrutural, para implementar o novo cultivo. O lúpulo será cultivado na propriedade da família, às margens do rio Pato Branco, divisa entre Pato Branco e Clevelândia. Para tanto, a extensão de um alqueire, que anteriormente era arrendado para o cultivo de grãos, vem sendo preparado intensivamente nos últimos seis meses, para receber as mudas, que exigem cultivo em altura (aparato) e irrigação constante.
Primeiro a terra recebeu adubos e fertilizantes específicos para o cultivo. Em seguida, eucaliptos de reflorestamento foram utilizados como palanques e escoras, junto a cabos de aço. É o chamado sistema de condução, é como um gigante “parreiral” que irá conduzir as plantas a quase seis metros de altura. Nessa semana, o sistema de irrigação está em fase final de instalação.
O lúpulo é utilizado na cerveja para dar o sabor, o aroma e o amargor característico de cada variedade, além de auxiliar na conservação da bebida. Seu cultivo é um negócio promissor para a agricultura familiar. Por outro lado, plantar lúpulo no Brasil tem se mostrado um desafio, que Wagner buscou desvendar com o respaldo técnico de um engenheiro agrônomo especializado no cultivo, vindo do Rio de Janeiro. Conforme estudos e análise em laboratório, chegaram à escolha das variedades Triumph, Comet e Cascade, para implantação no Sudoeste do Paraná.
Haverá ainda a Central de Beneficiamento, o que significa que todo o lúpulo colhido na propriedade vai ser beneficiado na própria propriedade. Assim, o empresário tem a estimativa de criar também um novo ponto turístico, uma vez que o local poderá receber visitação de acadêmicos, pesquisadores e também, da comunidade em geral, que poderá participar tanto do plantio quanto da colheita, como já acontece em determinadas culturas européias. Além disso, o visual da plantação pode ser inspirador para ensaios fotográficos e cinematográficos.
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