A Expopato retornou ao calendário de eventos de Pato Branco reafirmando seu protagonismo regional e estadual. Mais do que números expressivos de visitantes e movimento econômico, a edição revelou trabalho conjunto, dedicação das entidades organizadoras e, ao mesmo tempo, expôs falhas de gestão apontadas durante sessão na Câmara de Vereadores. A seguir, um panorama detalhado das manifestações e dos destaques apresentados.
A Força da União e o Reconhecimento às Entidades Organizadoras
O vereador Fabrício Preis de Mello abriu sua fala ressaltando que “a união faz a força e traz resultado”, celebrando o impacto positivo da Expopato no comércio local e na projeção da cidade. Segundo ele, a feira atingiu recordes de público no Parque de Exposições e reforçou o papel de Pato Branco como referência no Paraná.
Fabrício destacou o papel essencial das entidades responsáveis pela condução do evento:
- Associação Empresarial de Pato Branco
- Sociedade Rural
- Sindicomércio
Todas, segundo o parlamentar, tiveram papel decisivo para consolidar a Expopato como a maior feira multissetorial do estado.
Conclusão da Segunda Etapa do Parque de Exposições
O vereador fez questão de reconhecer o trabalho da equipe técnica responsável pela entrega da segunda etapa do Parque de Exposições. Ele homenageou:
- O secretário municipal de Desenvolvimento Econômico
- O engenheiro Radimir Comín
A dupla, segundo Fabrício, foi fundamental para resolver pendências estruturais como iluminação, esgoto e outras demandas técnicas da área posterior do parque, garantindo que a feira pudesse ocorrer com melhorias significativas na infraestrutura.
Homenagem aos Expositores e Impacto Econômico
Fabrício também prestou tributo aos expositores, que enfrentaram adversidades econômicas, mas acreditaram no potencial da feira. Para ele, o retorno financeiro e a visibilidade gerada aos negócios são prova de que o esforço valeu a pena. Em sua visão, a Expopato representa mais do que uma feira: é símbolo de identidade, inovação, desenvolvimento e união. Também destacou a preparação da cidade para receber grandes eventos, apesar de reconhecidas adversidades administrativas e retrabalhos — considerados comuns em um evento desse porte.
Participação da Câmara Municipal
O vereador reforçou o envolvimento do Legislativo, mencionando especialmente a atuação do vereador Alexandre Zoche em reuniões e preparativos. Também registrou a presença de diversos vereadores durante o evento e a parceria com o Executivo municipal para viabilizar a realização da feira.
Críticas à Gestão Municipal e Problemas Operacionais
Em contraponto ao discurso inicial, o vereador Rafael Foss apresentou uma avaliação crítica da organização da Expopato por parte da administração pública. Rafael iniciou parabenizando os empresários, afirmando que foram eles os verdadeiros responsáveis pela realização do evento. Em seguida, listou uma série de problemas que, segundo ele, ocorreram devido a falhas de gestão:
Falta de Alvará e Retrabalho
Para Foss, iniciar uma feira sem alvará é sinal claro de amadorismo. Ele afirmou que:
- A feira teria funcionado nos primeiros dias sem alvará.
- Houve risco de cancelamento devido a essas irregularidades.
- Recomendações do Ministério Público teriam sido ignoradas.
Problemas de Acessibilidade e Estrutura
O vereador relatou dificuldades enfrentadas pelo público:
- Espaço inadequado para pessoas com deficiência.
- Acesso considerado ruim.
- Tentativas de cobrança indevida para acompanhantes de cadeirantes.
- Problemas no local e na organização de shows.
Críticas à Gestão e à Prioridade dos Recursos
Rafael Foss criticou vereadores que, segundo ele, estavam no evento cientes dos problemas, mas não exerceram o papel fiscalizador. Ele argumentou que:
- Recorde de público não resolve problemas reais da população, como falta de atendimento na saúde.
- A feira teria sido levada adiante “de qualquer jeito” apenas por ter ficado anos sem ser realizada.
Ao final, voltou a parabenizar os empresários por sustentarem o evento apesar das dificuldades.
Conclusão
A Expopato 2024 evidenciou, ao mesmo tempo, o potencial transformador de eventos multissetoriais e a necessidade de planejamento rigoroso por parte das gestões públicas. Enquanto uma parcela dos vereadores destacou a união das entidades e o impacto positivo da feira, outra parte chamou atenção para problemas estruturais, falta de organização e riscos enfrentados nos bastidores. O debate na Câmara demonstra que, embora a feira tenha sido um marco importante para Pato Branco, ainda há desafios significativos a serem enfrentados para garantir que próximos eventos ocorram com excelência, segurança e transparência.
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