Vereador Rafael Foss Cobra Valorização dos Artistas Locais e Critica Negligência na Organização da Expopato

Artistas locais esquecidos na programação da Expopato

Durante a sessão da Câmara Municipal, o vereador Rafael Foss fez uma fala contundente sobre a falta de valorização dos músicos e artistas de Pato Branco na programação da Expopato, um dos principais eventos da cidade. Segundo o parlamentar, embora no início houvesse promessas de inclusão dos artistas locais — com menções à Lei Rouanet e outras formas de incentivo —, a poucos dias do início do evento, nenhuma medida concreta foi tomada. “A Expopato está chegando. Lembraram dos empresários, mas esqueceram dos músicos e artistas da nossa cidade. No começo falaram que viria o dinheiro, que viria a Lei Rouanet, mas agora, faltando cinco dias, ninguém fala mais nada”, criticou Foss.

O vereador destacou que os músicos locais são responsáveis por levar o nome de Pato Branco para outras regiões e que muitos vivem exclusivamente da arte. “Eu sou músico há mais de 15 anos e vivo disso. A gente tem orgulho de representar a cidade em feiras e eventos por aí. Mas aqui dentro, ninguém dá bola”, lamentou.

Crítica aos altos gastos com artistas de fora

Fos questionou o investimento milionário em atrações nacionais enquanto os profissionais locais são deixados de lado. Ele reconheceu a importância de grandes shows, mas defendeu equilíbrio nos gastos e respeito aos artistas da terra. “Gastam milhões com shows de fora, e é ótimo ter esses eventos. Mas não olhar para os músicos da cidade é falta de respeito. E ainda querem que toquem de graça, como se fosse esmola”, afirmou.

O vereador ressaltou que, ao contrário dos artistas de fora — que recebem cachês altos e não deixam retorno financeiro local —, os músicos pato-branquenses fazem o dinheiro circular na economia da cidade. “Esses artistas grandes vão embora e não deixam um centavo aqui. Já os músicos locais, se recebessem 500 reais, gastariam aqui: com a família, com comida, com instrumentos. Esse dinheiro giraria em Pato Branco”, completou.

Apelo por valorização e cumprimento das leis municipais

Foss também demonstrou indignação com a possibilidade de a prefeitura apenas “ceder um dia” para apresentações gratuitas de artistas locais, sem remuneração, apenas para “cumprir tabela”. “Aí dizem que vão dar um dia para os músicos da cidade, quem quiser tocar toca. Isso não é valorização, é descaso. Espero que ainda dê tempo de chamar os músicos para participarem de verdade”, pediu.

O vereador lembrou ainda da Lei do Chopim, criada justamente para garantir espaço e reconhecimento aos artistas da cidade, e cobrou sua aplicação efetiva. “Temos a Lei do Chopim. Por que não fazem valer? De que adianta aprovar leis aqui se, na hora de colocar em prática, nada acontece?”, questionou.

Cobrança por ações imediatas no Cemitério Municipal

Em outro momento de sua fala, Rafael Foss abordou um episódio lamentável ocorrido no Cemitério Municipal durante o último fim de semana, que classificou como “vergonhoso”. O vereador se referia ao caso de violação de um túmulo, fato que já havia ocorrido anteriormente. “Isso é uma vergonha. Já é a segunda vez. Não podemos deixar acontecer de novo. As pessoas só dão importância quando acontece com alguém da família, e eu não quero isso para ninguém”, afirmou, emocionado.

Ele relatou que sua própria avó está sepultada próxima ao local do incidente e destacou a gravidade da situação. “Não dá para justificar dizendo que é religião. Isso é crime, é crueldade. As famílias acabam vivendo dois lutos.”

Propostas de segurança e medidas urgentes

Como medida imediata, Foss sugeriu a instalação de câmeras de segurança com monitoramento 24 horas, ligadas diretamente à polícia, para inibir e identificar possíveis autores. “Hoje existe uma câmera, mas ela mostra só a rua. Precisamos de câmeras que peguem os túmulos também. Talvez não impeça tudo, mas já ajuda a identificar e coibir”, explicou.

O vereador informou que já conversou com o secretário Vicente, que teria solicitado a instalação urgente desses equipamentos. Ele reforçou a necessidade de ação imediata do prefeito e das autoridades competentes, para garantir segurança e respeito às famílias. “Isso não é mais questão de religião. É caso de polícia. Espero que encontrem quem fez isso e que o poder público dê mais atenção para que nunca mais aconteça em Pato Branco”, concluiu.

Conclusão

A fala do vereador Rafael Foss uniu duas cobranças de grande relevância para a comunidade pato-branquense: o respeito e valorização dos artistas locais, especialmente no contexto da Expopato, e a urgência em garantir segurança e dignidade no Cemitério Municipal. Ambas as pautas destacam a importância de políticas públicas que priorizem o que é da cidade — seus talentos, sua cultura e sua gente.

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