Fila de Cirurgias de Visão: Um Desafio para a Saúde Pública de Pato Branco

Um Apelo pela Saúde dos Pato-branquenses

Durante sessão na Câmara Municipal, o vereador Diogo Grando trouxe à tona uma situação preocupante que tem afetado diretamente os moradores de Pato Branco: a dificuldade no acesso a cirurgias oftalmológicas, especialmente as de urgência. Segundo ele, diariamente chegam pedidos de ajuda de pacientes que aguardam na fila por procedimentos de visão, como cirurgias de descolamento de retina.

O Cenário Atual: Fila e Deslocamento para Outros Municípios

Atualmente, os pacientes de Pato Branco são encaminhados para Cascavel, onde também há uma grande demanda. Vale ressaltar que o município de Cascavel não atende apenas Pato Branco, mas diversas outras cidades do Paraná. Isso faz com que as filas se tornem ainda mais extensas, prejudicando quem depende do serviço público de saúde.

Um Caso Alarmante: Risco de Perda de Visão

O vereador relatou um caso específico que ilustra bem a gravidade da situação. Um paciente foi atendido em Pato Branco no mês de março e, após a avaliação médica, foi encaminhado para Cascavel com diagnóstico de descolamento de retina — uma condição que, segundo os médicos, exige cirurgia em no máximo seis meses, sob risco de cegueira permanente. Esse paciente já havia aguardado três meses quando foi incluído na fila de cirurgia em Cascavel. A surpresa veio ao descobrir sua posição na fila de emergência: 298º lugar. Isso mesmo, quase na tricentésima posição, mesmo sendo um caso urgente.

A Realidade Dura: Quando a Solução é Pagar Particular

Diante desse cenário, a família, preocupada com a possibilidade real de cegueira, tomou uma decisão difícil: contraiu um empréstimo para realizar a cirurgia de forma particular. O mais alarmante? O procedimento foi realizado no próprio município de Pato Branco, no mesmo hospital onde outros pacientes fazem a mesma cirurgia através do consórcio público.

O Contrassenso: Nossa Cidade, Nossa Gente na Espera

O vereador questiona: “Como é possível que o cidadão pato-branquense tenha que sair da sua cidade, ir até Cascavel, enfrentar uma fila imensa, enquanto o mesmo procedimento é realizado aqui para pacientes de outras cidades através do consórcio?” Atualmente, Pato Branco recebe pacientes de 30 a 40 municípios da região que vêm realizar exatamente as mesmas cirurgias. No entanto, os próprios moradores, muitas vezes, precisam pagar do próprio bolso para serem atendidos na sua cidade, enquanto pacientes de fora conseguem acesso pelo sistema público.

O Chamado à Reflexão: Onde Está o Erro?

Diogo Grande reforça que sua fala não tem a intenção de culpar o consórcio, nem de apontar falhas individuais. A preocupação central é entender “onde está o erro” nessa lógica que penaliza os pato-branquenses. “Pelo amor de Deus, isso não é normal. Não é possível que alguém ache que essa situação é aceitável.”, enfatizou.

Saúde Deve Ser Prioridade

O vereador finaliza destacando que a saúde precisa ser prioridade, sem distinção entre moradores. “Todo cidadão de Pato Branco merece respeito. Não podemos aceitar que a saúde seja seletiva. Saúde é direito de todos.

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