O vereador Claudemir Zanco trouxe à tona, mais uma vez, uma preocupação antiga da população de Pato Branco em relação ao Consórcio de Saúde Intemunicipal de Saúde (Conims). Durante sua fala na Câmara, ele destacou os desafios enfrentados pelo município desde a sua entrada no consórcio, questionando a falta de acesso a atendimentos especializados, mesmo com pagamentos regulares realizados pela prefeitura.
A Entrada no Consórcio: Uma Decisão Questionável
A adesão de Pato Branco ao Consórcio ocorreu na administração passada, sendo, segundo o vereador, a primeira vez na história que o município participou formalmente desse tipo de iniciativa. No entanto, o ingresso não ocorreu nas condições mais favoráveis: Pato Branco passou a pagar R$ 200 mil mensais apenas para participar das licitações de medicamentos — sem qualquer acesso imediato às especialidades médicas oferecidas pelo consórcio. Na época, segundo Zanco, questionou-se na Câmara quando a população de Pato Branco passaria a ser atendida. A resposta foi clara: o município entraria no “fim da fila”, uma vez que foi o último a se associar ao consórcio.
Uma Dívida que Gera Desvantagens
A situação se agravou com a herança de uma dívida de R$ 4 milhões junto ao consórcio, acumulada na gestão anterior e que impacta diretamente a atual administração. Claudemir Zanco questiona como é possível exigir prioridade ou até mesmo igualdade no atendimento se o município já entrou no consórcio com esse passivo financeiro. O vereador defende que é necessário, primeiramente, negociar e parcelar essa dívida, regularizando a situação financeira de Pato Branco perante o consórcio. Somente assim será possível discutir melhorias no acesso aos serviços especializados.
Custos Suspeitos e Necessidade de Esclarecimentos
Outro ponto levantado pelo vereador envolve custos considerados abusivos cobrados pelo consórcio. Um exemplo citado foi o serviço de lavanderia: anteriormente, Pato Branco pagava cerca de R$ 2 milhões por ano e, após a revisão, esse valor caiu para R$ 250 mil anuais. “O que será que havia de errado nisso?”, questionou Zanco, indicando que há necessidade de uma análise criteriosa dos contratos e despesas.
Desrespeito Com a População de Pato Branco
Para o vereador, a situação é, no mínimo, um desrespeito com os cidadãos de Pato Branco. “Pagamos mensalmente e, mesmo assim, não temos direito às especialidades. Enquanto isso, moradores de outros municípios vêm aqui utilizar nossa estrutura, nossa tecnologia e nossa medicina”, ressaltou. Além disso, ele reforça que antes da entrada no consórcio, o próprio município já possuía uma estrutura interna para realizar licitações de medicamentos, tornando ainda mais questionável a decisão de pagar apenas para participar desses processos.
Próximos Passos: Convocação do Consórcio
Diante de todas essas questões, Zanco defende que a Câmara deve convocar representantes do Consórcio para prestar esclarecimentos públicos. Entre os pontos que precisam ser esclarecidos estão:
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Por que Pato Branco não tem acesso às especialidades, mesmo pagando rigorosamente em dia?
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Quais os motivos para o acúmulo da dívida de R$ 4 milhões e por que o pagamento atrasou?
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O que explica a discrepância nos custos de serviços, como no caso da lavanderia?
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Qual é, de fato, a situação do Conims e sua relação com a indisponibilidade de atendimentos especializados?
Uma Cobrança Justa e Necessária
O vereador encerrou sua fala deixando claro que está à disposição para colaborar com os demais parlamentares na busca por soluções. A cobrança não é recente, mas precisa ser reforçada, já que a população de Pato Branco segue, diariamente, exigindo respostas e, principalmente, acesso digno aos serviços de saúde.
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