Na tarde desta terça-feira (5), na Casa da Indústria, em Pato Branco, foi realizada uma reunião com entidades sudoestinas para fortalecer a mobilização para um ramal da Ferroeste na região. O encontro foi organizado pela Coordenadoria das Associações Comerciais e Empresariais do Sudoeste do Paraná (Cacispar) por solicitação da Federação das Associações Empresariais de Santa Catarina (Facisc).
A reunião contou também com representantes da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (Acic), Amsop, Fiep, Irdes, Sebrae Paraná, Faep/Senar, OAB Paraná, Acipa e conselho Damapec, de Palmas, entre outros.
O presidente da Cacispar, Paulo Sergio Bueno, mostrou-se confiante com as conversas, que foram prestigiadas por grande número de lideranças da região. “[A reunião] Foi uma forma de dar mais visibilidade ao estudo de viabilidade em andamento e que contempla o anseio de um ramal ferroviário para a nossa região. As lideranças estão alinhadas e com o mesmo propósito, o que nos deixa animados e esperançosos de que o objetivo será alcançado”, declarou.
Na reunião, foi definido que as lideranças aguardarão a conclusão do estudo, no início de maio. “Depois, será convocada uma apresentação para as lideranças do Sudoeste, em data a ser definida, provavelmente na segunda quinzena do próximo mês”, relatou Paulo.
O presidente da Cacispar acrescentou que a intenção é que o estudo chegue ao conhecimento daqueles que participarão das concessões dos trajetos da Ferroeste que estão prontos. “Mesmo sem o estudo concluído, as cadeias produtivas do oeste de Santa Catarina e do sudoeste do Paraná justificam a vinda do ramal ferroviário”.
Lenoir Broch, presidente da Associação Comercial e Industrial de Chapecó (Acic), deu detalhes das ações em andamento. João Arthur Mohr, gerente de Assuntos Estratégicos da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) fez uma avaliação técnica favorável sobre a implantação do ramal ferroviário na região. Segundo ele, a produção de milho, soja e outros grãos acaba percorrendo milhares de quilômetros em caminhões ao ser escoada.
“Esses grãos, que chamamos de granel sólido, passarão a vir de trem, economizando dinheiro, com frete 30% menor e contribuindo com o meio ambiente, pois o trem emite cinco vezes menos carbono por tonelada transportada. Há interesse da agroindústria e das indústrias de outros segmentos, como a madeireira e de proteína animal”, exemplificou o representante da Fiep.
Milvo Zancanaro, vice-presidente para a regional Oeste da Facisc, resumiu a aproximação. “Nossas regiões são muito semelhantes nas atividades e, também, nas dificuldades. Temos que nos unir para resolver os problemas. O grande desafio hoje é a logística. Desde que o Governo Federal possibilitou que a ferrovia fosse privatizada, entendemos que estamos partindo do sonho para a realidade”, explanou. “Hoje, em Pato Branco, presenciamos uma demonstração de poder, união e força das entidades e saímos fortalecidos e confiantes”, analisou Zancanaro.
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