A rodovia PRC-280, principal corredor logístico do Sudoeste paranaense para escoamento da produção agrícola e madeireira, está em obras para receber a primeira restauração em concreto feita em uma rodovia estadual. Executada com menor custo, mais rapidez e durabilidade, a técnica de aplicar um pavimento rígido de concreto sobre o asfalto já existente vai ser executada em 59,55 quilômetros no trecho de Palmas ao Trevo do Horizonte, no entroncamento com a BR-153, que dá acesso à Santa Catarina.
Os trabalhos iniciaram pelo Trevo do Horizonte e seguem sentido Palmas, com barreiras para que o tráfego continue em meia pista no sistema “Pare-e-Siga” 24 horas por dia. Já são 12 quilômetros concluídos com serviços de fresagem na pista de rolamento e de nivelamento nos acostamentos.
“Nos acostamentos, estamos preenchendo com brita e fazendo uma reciclagem do pavimento. O caminhão vai espalhando cimento e depois a máquina vai passando e fazendo a reciclagem do asfalto com o cimento, daí vem o rolo compactando pra ficar tudo no nível da pista para receber o concreto”, explica Paulo Melani, engenheiro do Departamento de Estradas de Rodagem do Paraná (DER/PR).
Na sequência, serão colocadas placas de concreto de 22 centímetros de espessura, restaurando completamente a pista. Os acostamentos também vão receber o pavimento de concreto. A obra prevê ainda a adequação dos dispositivos de drenagem, da sinalização horizontal e vertical, e de elementos de segurança.
Segundo Melani, uma obra que utiliza a técnica chamada de whitetopping leva menos tempo para ser concluída do que a pavimentação com asfalto comum. “São feitos cerca de mil metros por dia e o que seria finalizado em um ano e meio pode ser concluído em apenas seis meses”, destaca.
A restauração tem um investimento de R$ 107,4 milhões e faz parte do Avança Paraná, programa do Governo do Estado que utiliza recursos financiados pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal.
“Estamos trazendo a Palmas aquilo que é feito em países de primeiro mundo. O pavimento em concreto garante mais durabilidade, tem vida útil de 20 ou 30 anos e é mais indicado para estradas que têm grande fluxo de cargas pesadas, como a PRC-280”, afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior.
A empresa vencedora da licitação é responsável pelo projeto executivo e pela obra, conforme prevê o Regime Diferenciado de Contratação Integrado (RDCI). A utilização de inovações tecnológicas atende à Estratégia Estadual BIM – Building Information Modeling ou Modelagem da Informação da Construção, determinada por decreto estadual.
Com a metodologia, plantas e planilhas dão lugar ao modelo de projeção virtual, informações em tempo real, detalhamento dos materiais, custos quantificados e documentação de cada obra é construído virtualmente, o que torna o processo mais transparente e facilita a fiscalização.
“É uma demanda de décadas da região que estamos tirando do papel e os trabalhos já são visíveis. É um trecho que o Governo do Estado entende como prioritário. Em 2022 essa obra vai avançar ainda mais, facilitando o desenvolvimento do Sudoeste”, afirma Guto Silva, chefe da Casa Civil.
TRÁFEGO – A recomendação é que os motoristas evitem a utilização da PRC-280 no trecho em obras, que abrange do quilômetro 70,8 ao 130,35. “Estamos sugerindo para quem segue para Curitiba e Paranaguá que vá por Guarapuava e quem vai para Santa Catarina que já desça em Abelardo Luz, evitando a barreira atual de 20 quilômetros, em que pode haver até 2 horas de parada, dependendo o movimento”, orienta Melani.
TERCEIRAS FAIXAS – As melhorias na PRC-280 incluem 12,39 quilômetros de terceiras faixas em outro trecho da rodovia, um investimento de R$ 26,8 milhões, e somam, ao todo, R$ 134,2 milhões em investimentos do Governo do Estado.
São 18 segmentos de Palmas a Marmeleiro. Em 13 já foi realizada a etapa de drenagem. E em União da Vitória, um outro trecho da via em terceira faixa está quase pronto, o que totaliza 19 melhorias ao longo da PRC-280.
PRC – A sigla “PRC” designa rodovias existentes, sob jurisdição estadual, cujos traçados coincidem com as diretrizes de rodovias federais planejadas. Eram denominadas Rodovias Estaduais Transitórias e tiveram sua nomenclatura alterada pela Resolução nº 8 do DNIT, de 08 de maio de 2006.
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