Engenharias: como viveríamos sem elas?

Dia do Engenheiro, celebrado em 11 de dezembro, traz reflexão sobre a vida moderna; região Sudoeste tem mais de três mil profissionais das Engenharias

Já imaginou viver sem água encanada e energia elétrica? E que tal se não houvessem carros, motos, bicicletas? Nada de smartphone para mandar mensagens pelo Whatsapp? E sem equipamentos de laboratório e/ou hospitalares? Tudo isso não existiria sem a Engenharia, que existe desde tempos remotos, com a invenção da alavanca e da polia, das colunas gregas e das pirâmides do antigo Egito.

A Engenharia está nos dispositivos eletrônicos e também na transformação dos alimentos, nas residências, escolas, ruas, cidades e é a profissão com maior número de títulos no país. Faz, portanto, sentido celebrar o Dia do Engenheiro, 11 de dezembro, estabelecido pelo decreto nº 23.569, assinado pelo presidente Getúlio Vargas. Oitenta e oito anos depois, as aplicações da Engenharia expandiram-se e estão em praticamente todas as áreas de conhecimento. No Brasil, há mais de cem títulos em oito modalidades: Agrimensura, Agronomia, Civil, Elétrica, Geologia e Minas, Mecânica e Metalúrgica, Química e Segurança do Trabalho.

No Estado, segundo dados do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), há 90.984 profissionais (somando registros e vistos), com 76.707 homens e 14.277 mulheres. As modalidades com maior concentração de profissionais são: Civil – 39.300; Agronomia – 19.415; Elétrica – 15.493; Mecânica e Metalúrgica – 12.730; Segurança do Trabalho – 7.979; Química – 2.818; Geologia e Engenharia de Minas – 1.428; e Agrimensura – 1.247.

Sudoeste

Na Regional Pato Branco do Crea-PR, que abrange os municípios do Sudoeste, são 3.286 profissionais registrados, 722 mulheres e 2.564 homens. Em 2021, as áreas com maior número de emissões de ARTs (Anotações de Responsabilidade Técnica) no Sudoeste, foram: edificação de alvenaria – 4.436; receituário agronômico – 3.382; microgeração distribuída – 2.992; estrutura de concreto armado – 2.982; instalação de sistema de esgoto sanitário – 2.472; instalações elétricas em baixa tensão para fins residenciais – 2.251; prevenção e combate a incêndio e pânico – 1.623; dosagem e mistura de concreto – 1.441; e fontes de energia alternativas ou renováveis – 1.110.

Segundo o gerente da Regional Pato Branco, Engenheiro Civil Diogo Colella, a região tem maior concentração de profissionais em algumas modalidades. “De acordo com os registros, a Engenharia Civil, a Agronomia e as Engenharias Elétrica, Mecânica, Ambiental, Química, Florestal e de Segurança do Trabalho são as áreas com maior participação. O número de profissionais vem aumentando ano a ano em nossa região. No final de 2018, eram 2.894 profissionais registrados no Conselho. Agora, são 3.286”, compara Diogo.

Potencial para crescer

O Engenheiro Civil Vinícius Perin, coordenador adjunto do Colégio Regional de Entidades de Classe do Crea-PR, avalia que o sudoeste do Paraná sente falta de maior número de profissionais das Engenharias, Agronomia e Geociências.

“Algumas áreas já estão equilibradas, mas há falta de profissionais em outras. Há um grande campo para crescimento. Nossa região tem vocação para a agricultura e as perspectivas é que as agroindústrias cresçam e/ou aumentem em número. E os Engenheiros são fundamentais na busca por redução de custos e aumento da eficiência”, exemplifica Vinícius.

O coordenador adjunto, que também é o atual presidente da Associação dos Engenheiros e Arquitetos do Sudoeste (Sudenge), reforça que os municípios da região, Francisco Beltrão e Pato Branco, especialmente, têm muito para atrair e ganhar com mais profissionais das Engenharias.

“Quem não sonha em ter casa própria? Ou ter uma casa com sistema de energia solar? Há muitas áreas ligadas relacionadas com a sustentabilidade ambiental e econômica e que dependem dos Engenheiros, para que os projetos funcionem e sejam seguros”, completa Vinícius Perin.

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