Havia pouco mais de um ano que o Município de Francisco Beltrão tinha migrado todos os cadastros do papel e das pastas, em 17 Unidades de Atendimento da Assistência Social, para o sistema 100% informatizado, quando o mundo entrou em Lock Down. As famílias que precisaram de auxílio, de benefícios e de acompanhamentos sociais aumentaram consideravelmente. Para um município no porte de Francisco Beltrão, que é referência no Sudoeste do Paraná, isso poderia ter representado o caos, se não houvesse interligação e comunicação entre os gestores, de forma sistematizada.
Entre os 92 mil habitantes, há em torno de 9 mil famílias inseridas no Cadastro Único do governo federal, base de dados em que o principal parâmetro utilizado é para concessão de benefícios, inserção em serviços e programas da Assistência Social. “Algo que foi muito surpreendente para nós na utilização do sistema foi esse momento novo que vivemos na pandemia, principalmente no ano passado naqueles primeiros meses. Num cenário novo, a gente teve a questão do isolamento social, as crianças sem irem para a escola e além dos atendimentos em Assistência Social que já vínhamos fazendo e se percebia ano após ano o aumento nesses atendimentos, nessa nova realidade o aumento foi ainda mais expressivo”, situou Flávia Bedin, coordenadora da Secretaria de Assistência Social de Francisco Beltrão, onde trabalha há 12 anos.
Tomando como referência o mês de maio, por exemplo, ela conta que no ano anterior haviam realizado 4 mil atendimentos mensais, mas no mês de maio de 2020 chegaram a quase 10 mil atendimentos. “A gente conseguiu mensurar isso através dos gráficos e relatórios gerados pelo IDS Social e assim ir tomando as decisões necessárias de gestão para que pudéssemos agir o mais rápido possível”, ilustrou Flávia.
Na pandemia, somou-se aos encargos da Secretaria de Assistência Social, por exemplo, a logística da entrega da merenda escolar, além da operacionalização de novos benefícios do governo Federal, o auxílio federal, assim como o Cartão Comida Boa, do governo de Estado. “Tudo isso propunha a gente localizar as pessoas, atender, liberar benefícios, tivemos dificuldades em relação as equipes, foi necessário remanejar profissionais e a gente conseguiu ir acompanhado todo esse processo e o aumento expressivo nos atendimentos, pelo sistema. Nossa gestora conseguiu visualizar a partir do IDS possibilidades para remanejamento de profissionais para atender essas novas demandas, criamos pontos estratégicos para um atendimento das famílias”.
Flávia destaca tanto o envolvimento do funcionalismo público em usar bem o sistema, quanto o suporte recebido da equipe IDS. “Tivemos toda a assessoria para esse treinamento das equipes e, na continuidade, trabalhamos visualizando o que era importante e trabalhamos uma conscientização dos profissionais para que fizessem a inserção de dados, pois é isso que gera o interessante deste software. Foi muito importante o trabalho dos nossos profissionais nos anos de 2018 e 2019 e com esse cenário da pandemia a gente não consegue imaginar como poderia ter sido sem ter o IDS Social, tendo em vista que nos deu agilidade maior no atendimento às famílias, na questão dos encaminhamentos entre os equipamentos de Assistência Social, também com a quantidade de benefícios externos que foram liberados nesse período, do governo de Estado e do governo Federal a gente pode garantir que as famílias fosse atendidas com equidade”. Por exemplo, “nós não vamos ter um caso de uma família receber duas vezes um mesmo benefício e uma outra que tem necessidade, deixar de ser atendida”.
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