Campo Agrostológico da UTFPR é uma vitrine a céu aberto de forrageiras perenes e anuais, de verão e de inverno

Entre os diversos projetos e experimentos de cunho agronômico, desenvolvidos na Área Experimental da UTFPR, Campus Pato Branco, está o Campo Agrostológico. A finalidade do projeto é o cultivo e demonstração de plantas forrageiras, plantas que são usadas para compor as pastagens e alimentar os animais, apresentação de técnicas de manejo, além de geração um banco clonal para a distribuição de mudas para produtores e ainda a observação sobre as reações das plantas perante as intempéries.

O projeto é desenvolvido pelo professor do departamento acadêmico de Ciências Agrárias (DAGRO), André Brugnara Soares, e alunos bolsistas e voluntários dos grupos de pesquisa GISPA (Grupo interação Solo Planta Animal) e NESPA (Núcleo de Estudo em Sistemas de Produção Animal) e, junto a instituições parceiras, EPAGRI, Instituto Federal Catarinense campus Concórdia, e Embrapa Pecuária Sul.

O professor André explica que, “a área onde o campo foi instalado recebeu os preparos necessários para que se realizasse o plantio das forrageiras. O projeto teve início em novembro de 2020, quando foram plantadas as primeiras mudas e sementes de forrageiras de verão. Logo após se iniciaram os trabalhos da manutenção e cuidados com o campo e as plantas e, em maio de 2021, realizou-se o preparo de mais uma área, com adubação e calagem para receber as forrageiras de inverno. Após o plantio, foi feita a manutenção e o cuidado com o campo, que hoje comporta, aproximadamente, 75 forrageiras, sendo elas perenes e anuais, de verão e de inverno, e continua em constante expansão para alcançar uma maior gama de espécies”, informou o professor.

A iniciativa e expectativa dos envolvidos, de acordo com o professor André é, em um futuro próximo, “receber os produtores, assim que for possível, em atividades como Dias de Campo, concebidos como um eficiente método de difundir e fomentar técnicas e manejos voltadas para meio rural, e ainda facilitar a distribuição de mudas e/ou sementes para que os produtores possam cultivar as forrageiras em suas propriedades”, exemplificou. Uma das justificativas para o campo agrostológico, que é uma espécie de coleção in vivo de plantas forrageiras para sua observação e conhecimento, “é que existem no mercado inúmeras opções de plantas para compor as pastagens, que podem ser usadas em cultivo solteiro ou misturadas, isso é bom por um lado, mas por outro, gera dúvidas nos produtores frente a uma infinidade de nomes de espécies e cultivares que temos poucas informações na região”, destacou André.

Além do caráter extensionista, o campo será usado em aulas práticas para o aprendizado dos alunos acerca das principais forrageiras que podem ou não serem usadas na região. Da mesma forma, os alunos que boa parte são filhos de produtores rurais, podem levar algumas mudas para suas propriedades para ajudar a alimentar seus rebanhos. “A alimentação animal a partir de plantas forrageiras é de extrema relevância, por ser mais sustentável e de menor custo em relação aos sistemas confinados de produção”, considerou o professor André.

A realização de todas essas atividades, demonstração para produtores, aulas práticas, coleta e doação de mudas, ainda não está acontecendo de forma plena devido às restrições sanitárias impostas pelo combate ao Covid-19. A ideia é ampliar e aprimorar o campo, fazendo o dever de casa, para que, assim que possível, ser divulgado de forma mais intensa.

Enquanto isso, conheça um pouco do processo de inoculação de sementes de leguminosas perenes de inverno e as orientações básicas a serem observadas, até a etapa de plantio, sugeridas pelos professores e acadêmicos da UTFPR, no vídeo “Plantio de forrageiras de inverno”.

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