A Polícia Rodoviária Federal (PRF), em conjunto com o Detran Paraná, polícias Militar e Civil, guardas municipais e autarquias de trânsito, realizou uma operação para levantar dados e identificar veículos adulterados, roubados ou furtados de pátios da autarquia estadual de trânsito e espaços conveniados. Denominada Pátio Limpo, a ação aconteceu entre 27 de junho e 9 de julho, em Curitiba, Ponta Grossa, Cascavel, Foz do Iguaçu, Londrina, Maringá, Apucarana e Sarandi.
Foram fiscalizados 3 mil veículos, entre carros, motos, caminhões e ônibus, e 334 identificados com algum tipo de fraude como adulteração, roubo ou furto. A operação também serviu para reforçar o conhecimento de servidores e agentes de trânsito na identificação de veículos adulterados. Ou seja, como oficina prática para difundir conhecimento acerca do enfrentamento a fraudes de veículos que infringiram o Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
A operação Pátio Limpo da PRF ocorreu simultaneamente nos estados do Paraná, Pará e Amazonas. No total, foram mais de 7 mil veículos fiscalizados, 1.277 deles identificados com algum tipo de irregularidade.
“O Detran-PR já vinha realizando um trabalho de identificação e está totalmente alinhado e à disposição da PRF para este tipo de operação”, afirmou o diretor-geral do Detran, Wagner Mesquita. “Essa troca de conhecimentos permite que os vistoriadores do Detran adquiram ainda mais expertise em identificar estes veículos logo na chegada aos pátios, o que contribui muito com o trabalho da polícia”.
O superintendente regional da PRF no Paraná, Antônio Paim, ressaltou o trabalho conjunto. “Destaco a parceria com o Detran-PR e a integração com as forças de segurança estaduais e as guardas municipais, além de órgãos de trânsito, que tiveram a oportunidade de ampliar conhecimentos em uma fiscalização mais detalhada”, disse. “Dentre os cerca de 3 mil veículos fiscalizados, verificou-se mais de 300 irregulares, demonstrando, com isso, o êxito da operação e da importância do trabalho integrado”.
CONHECIMENTOS – Os policiais rodoviários federais participantes da operação puderam aplicar, de maneira assertiva, os conhecimentos que possuem, poupando tempo de análise e ampliando a gama de identificação de fraudes relacionadas aos veículos. Além disso, foi possível aprimorar o conhecimento dos vistoriadores do Detran, de órgãos de trânsito, policiais militares e civis, e guardas municipais.
Verificou-se, também, a oportunidade de se restituir veículos oriundos de algum tipo de fraude (furto, roubo ou receptação) em um ambiente controlado, uma vez que toda a atividade de fiscalização se desenvolveu no interior dos pátios.
A operação teve duas vertentes: repressiva, que objetiva a recuperação e a entrega dos veículos fraudados aos legítimos proprietários ou possuidores; e preventiva, que evita que veículos que foram objetos de alguma fraude retornem à circulação ou tenham suas peças legalmente comercializadas por meio de leilões ou vendas oficiais realizadas pelos respectivos órgãos de trânsito.
Durante a operação, Dalila de Meira, uma proprietária que teve seu carro roubado em agosto de 2019, recebeu a ligação de um dos policiais informando que seu veículo havia sido encontrado. Em vídeo, ela agradece a recuperação, destacando que já está até fazendo planos para reformar o veículo, que estava financiado em 48 parcelas.
“Este projeto é muito bacana e faz um bem para o nosso emocional, faz bem economicamente. Que legal saber que estão correndo atrás, que tem pessoas que se importam com a vida dos outros”, afirmou.
INTEGRAÇÃO – Para o coordenador da operação no Estado, o policial rodoviário federal Michael Souza, a ação se destaca não só em função da possível identificação dos veículos adulterados, mas também na integração entre os órgãos. “Essa integração otimizou a fiscalização dos veículos com a troca de informações, experiências e o estreitamento de laços, oferecendo uma forma mais eficiente de combate aos crimes dentro desta temática”, ressaltou.
Confira o vídeo de agradecimento de Dalila de Meira:
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