Polícia Militar recebe instrução para identificar agrotóxico falsificado

A Polícia Militar do Estado do Paraná, instituição imbuída constitucionalmente da preservação da ordem pública e prevenção de delitos, precisa manter seu efetivo sempre preparado e bem instruído para as mais diversas atividades de policiamento ostensivo. Neste sentindo, o 21º Batalhão, responsável por 26 municípios do Sudoeste do Paraná, entre os quais, sete possuem fronteira com a Argentina, atende ocorrências com peculiaridades distintas de outras regiões do Estado. Um dessas situações envolve a entrada clandestina de produtos perigosos como é o caso de agrotóxicos.

Observando o aumento das ocorrências de apreensões de defensivos agrícola na região o 21º BPM realizou uma instrução para o efetivo operacional da Unidade, sobre a identificação de agrotóxicos falsificados e/ou contrabandeados.

A palestra realizada na manhã desta quinta-feira, 1º de julho, foi ministrada pelo técnico agrícola Alessandro Bianco, da empresa Synghenta do Brasil, que pontuou a utilização de mecanismos de identificação dos produtos que, por vezes furtados ou contrabandeados, acabam inseridos no mercado nacional, ludibriando até mesmo o próprio agricultor com notas fiscais originais [de outros produtos similares], “assim, através de um conhecimento técnico, o policial militar estará capacitado a reconhecer uma adulteração ou falsificação através de elementos de segurança e autenticidade” explicou.

Previsto do art. 334, do Código Penal, o Contrabando, além de gerar prejuízos bilionários ao erário, quando se trata de substâncias perigosas de entrada proibida no Brasil, como o caso de agrotóxicos, representa um risco a saúde humana e a segurança alimentar da população, ainda impondo riscos ao meio ambiente. Segundo dados publicados no site do Guia do Estudante, do Dossiê da  Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva) em conjunto dom o Ministério da Saúde, “64% dos alimentos no Brasil são contaminados por agrotóxicos; 34.147 intoxicações por esses produtos foram notificadas no SUS entre 2007 e 2014; 288% foi o percentual de aumento do uso dos agrotóxicos […] as principais doenças relacionadas à intoxicação por agrotóxicos são: arritmias cardíacas, lesões renais, câncer, alergias respiratórias, doença de Parkinson, fibrose pulmonar, entre outras”.

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