Famílias mais assistidas: Sistema IDS Social em Pato Branco integra a rede com 17 instituições públicas e privadas

Há quase dez anos, a Assistência Social de Pato Branco migrou do papel para o controle integrado e informatizado, conseguindo mapear todas as famílias atendidas no município, em tempo real, através do Sistema IDS Social. A Assistência inseriu mais 16 unidades de atendimento da rede sócio assistencial, entre instituições públicas e privadas, no acesso ao IDS Social. Essa equipe faz aproximadamente 1.700 atendimentos mensais, com cerca de 500 benefícios sociais estipulados pela legislação de concessão de benefícios, repassados por mês. O coordenador do Cadastro Único, Carlos Henrique Galvan Gnoato, também coordenador do programa Bolsa Família da Assistência Social de Pato Branco, conta como a Tecnologia da Informação alterou a facilitou a forma de trabalhar neste assunto de rede complexa e que faz a diferença na subsistência de tantas crianças, adolescentes, adultos e idosos.

Ela lembra que quando começou na secretaria, em 2011, não havia um sistema próprio. Um ano depois, o sistema IDS Social foi implantado e, de lá para cá, muito mudou. “Hoje todas as nossas informações estão interligadas na base da dados da IDS. Vai desde a folha de pagamento do programa Bolsa Família, da importação da base de dados do CadÚnico, do BPC, enfim, todas elas estão atreladas ao sistema. Além disso, toda a parte de concessão de benefícios é feita através do próprio IDS, o que facilita muito pra nós no controle e na própria gestão da secretaria, na concessão destes benefícios oferecidos à população”.

Informações para planejar

Com o passar do tempo, o aperfeiçoamento no uso do sistema trouxe agilidade e facilidades. “Sem os dados e essas informações, a gente não consegue se planejar. E isso era uma grande dificuldade que nós, enquanto município, tínhamos. Na hora de desenvolver alguns planejamentos, ficávamos à mercê de ficar contando no papel essas informações. Com o próprio sistema IDS, possibilitamos a padronização de todos esses dados e ter a informação em tempo real”, exemplificou.

Além disso, ampliaram-se as fontes de dados, pois com a informatização, a Secretaria passou a agir mais simultaneamente com o Conselho de Assistência Social, ofertando a toda a rede, o acesso ao sistema: “sempre colocava apenas os dados do município, da parte pública. A partir do momento em que deliberamos isso pelo Conselho de Assistência Social, todas as instituições de âmbito privado que estão inscritas no conselho, começaram a utilizar o sistema. E agora nossa rede de atendimento para essa família é bem maior”, comemorou Carlos.

O coordenador do programa Bolsa Família lembra que quando uma criança, adolescente ou pessoa idosa é atendida por alguma instituição pertencente ao Conselho de Assistência Social, todos ficam sabendo “ao vivo”: “O técnico que está lá na ponta já pode identificar e saber se a pessoa está sendo atendida, se tem algum benefício que foi concedido pra ela, entre outros”, ilustrou.

Comunicação entre as proteções

Com o sistema, há o histórico de todas as famílias e o mapa de calor, que permite identificar onde está a maior demanda social, influenciando positivamente na questão da comunicação entre as proteções.
“A partir do momento em que foi implantado o sistema do IDS, essa nova versão, essa comunicação entre as proteções fluiu muito mais, pois o técnico acessa o sistema, vai até o histórico da família ou da pessoa e já pode identificar se ela está sendo atendida, se não está, onde e quando foi seu último atendimento também”. Um exemplo prático citado por ele é a Apae, que atende pessoas com deficiências: “ela registra esses atendimentos e isso facilita lá para o CREAs ou o próprio CRAS, na hora que a família vai em busca de um atendimento. Por quê? Porque ali o técnico já vai saber se aquela pessoa com deficiência não possuía algum benefício, se já foi encaminhado pela outra instituição, o que provê muito na hora do atendimento com a família e já se torna também, até de certo modo, assertivo”.

A alteração da composição familiar e das condições socioeconômicas da família, segundo Carlos Gnoato, é um desafiador a qualquer município e aí a integração entre as informações pelo IDS Social permitiu um atendimento mais completo. “Quando a gente ampliou isso para todas as instituições inscritas no Conselho de Assistência Social, favoreceu, porque se hoje a pessoa já não era mais atendida em algum lugar e buscou o atendimento, sabemos a qual equipamento se referir para identificar onde aquela família está localizada, para tentarmos entrar em contato”, ressaltou.

Em resumo, as informações antes empilhadas em papel, ou até que nunca chegavam a conhecimento, estão todas à mão. “A questão da agilidade, da funcionalidade, da usabilidade em si, do sistema IDS, facilita muito no dia a dia, principalmente para os técnicos que estão lá na ponta realizando o atendimento para as famílias e para as pessoas”, finalizou.

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