Energia fotovoltaica gerada no Câmpus tem saldo positivo para consumo futuro

Inaugurada há um ano, completado no dia 09 de março, a Usina de Minigeração Fotovoltaica da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Câmpus Pato Branco, com capacidade de geração de 581MWh/ano a partir de 420kWp de potência instalada, contabiliza saldo positivo de energia.

A usina foi implantada com recursos do Projeto Prioritário de Eficiência Energética e Estratégico de P&D: “Eficiência Energética e Minigeração em Instituições Públicas de Educação Superior”, em que a Copel habilitou o projeto apresentado pelos pesquisadores da UTFPR, Câmpus Pato Branco, por meio da Chamada Pública VPDE 001/2017. Orçado em aproximadamente R$ 8 milhões, o projeto propôs a eficientização das instalações do Câmpus e vem sendo desenvolvido, desde 2017, em duas frentes: projeto de eficiência energética e projeto de pesquisa e desenvolvimento.

A chamada, tinha como objetivo “a concretização de projetos de eficiência energética e da implantação de sistemas de geração própria de energia (na escala da minigeração) que sirvam de referência e possam instituir caminho ao rompimento de uma série de entraves ou obstáculos à implantação de projetos e ações de mesma natureza no setor público. Nesse contexto, a COPEL DIS, através deste edital, teve interesse em receber Propostas de Projetos que possibilitem o estabelecimento de centro de referência, por intermédio de pilotos e demonstrativos em Instituições Públicas de Educação Superior, os quais serviriam de exemplo e comparação para a formulação e a implementação de ações conjuntas e coordenadas em vários órgãos e instituições públicas do país. Espera-se que a execução desses projetos forneça subsídios importantes para a formulação de políticas públicas de combate ao desperdício de energia elétrica em unidades consumidoras da administração pública (nas esferas federal, estadual e municipal)”.

A partir do início do funcionamento, entre os meses de março e dezembro de 2020, a usina de minigeração fotovoltaica do Câmpus passou por processo de Medição e Verificação seguindo o Protocolo Internacional de Medicação e Verificação de Performance (PIMVP), da EVO 2012 (Efficiency Valuation Organization) e os Procedimentos do Programa de Eficiência Energética, o PROPEE, da ANEEL.

Durante os meses de medição, o Câmpus esteve em regime especial de funcionamento em decorrência da pandemia mundial. “Com isso, o consumo de energia no câmpus também se comportou de forma atípica. Assim, a economia até o mês de dezembro, já ultrapassou o valor de 170 mil reais somente com a geração de energia fotovoltaica, visto que as faturas neste período têm vindo apenas com o valor da demanda contratada e dos impostos”, informou Elisa Basei, Analista de Eficiência Energética.

Para o vice-coordenador do projeto, engenheiro civil Bruno Ricardo da Silva, “a execução do projeto foi interessante para a Universidade pois possibilitou o aproveitamento das áreas das coberturas não sombreadas das edificações para a geração de energia de modo permanente. Considerando que o recurso aplicado para a aquisição e instalação do sistema fotovoltaico foi obtido a partir do Projeto de Eficiência Energética junto à COPEL, à UTFPR agora cabe somente a manutenção das instalações, ficando com os ganhos da energia gerada, com relevante impacto na redução da fatura do consumo de energia. Com isso, a habilitação na Chamada Pública e posterior execução do projeto se mostraram bastante vantajosos para a instituição”, declarou.

Além do consumo do Câmpus, as demais atividades também tiveram de ser adaptadas ao cenário atual. Uma delas foi a certificação do Câmpus na norma NBR ISO 50001:2018 de Sistema de Gestão de Energia. A norma é baseada em objetivos energéticos e procedimentos que levem em conta o consumo eficiente de energia. Os objetivos energéticos por exemplo, precisam ser revisados ano a ano e assim estabelecer metas a serem atingidas, o que ficou difícil de ser realizado no ano de 2020. Ainda para a certificação, é necessária a contratação de uma empresa especializada que realize a auditoria na Instituição, que deve estar em funcionamento normal, uma vez que os colaboradores e usuários do Câmpus serão entrevistados. Assim, a certificação do Câmpus será retomada quando o funcionamento do câmpus estiver normalizado.

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