Mesmo com a pandemia, serviços nas Engenharias, Agronomia e Geociências realizados neste ano estão próximos de 2019

Dados do Crea-PR mostram que números de ARTS pode igualar ou superar o ano passado; modalidades de Engenharia Civil, Elétrica e Agronomia mostram retomada da economia

Até 10 de dezembro deste ano, o Crea-PR (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná) tinha 421.886 serviços registrados, contabilizando as ARTs (Anotações de Responsabilidade Técnica) emitidas em todo o Paraná. O número é muito próximo ao de 2019, que foi de 433.029. O gerente da Regional, Engenheiro Civil Diogo Colella, observa que faltam os registros de praticamente todo este mês de dezembro, o que permite antecipar que os números tendem a ser iguais ou melhores do que no ano passado, mesmo com todos os impactos da pandemia de Covid-19.

“A tendência é que o número de serviços registrados fique no mesmo patamar ou superiores. Verificamos uma queda acentuada em abril e maio deste ano. De julho a novembro, excetuando outubro, todos os meses superaram os números de 2019”, relata. Diogo acrescenta que, no recorte de janeiro a novembro de 2020, a emissão de ARTs no Sudoeste foi maior do que no mesmo período do ano passado.

Somente nos dez primeiros dias deste mês, o Crea-PR registrou, no Estado, 15,5 mil ARTs e a média histórica para dezembro é de 32 mil. “Neste ano, as modalidades de Engenharia Civil e Engenharia Elétrica puxaram os números. Sem esquecer dos serviços de Agronomia, que mais uma vez se destacou no cenário econômico”, completa Diogo Colella.

Os dados foram apresentados na reunião da Governança Cooperativa do Crea-PR na região Sudoeste, que envolve conselheiros, os colégios de inspetores (CDIN), de presidentes de entidades de classe (CDER) e de Instituições de Ensino (CIE) e CreaJr-PR. A reunião, por meio de plataforma on-line, aconteceu nesta quarta-feira (09) e contou com a participação do Presidente do Crea-PR, Engenheiro Civil Ricardo Rocha.

Karlize Posanske da Silva, Engenheira Civil de Palmas e coordenadora estadual de Inspetores do Crea-PR, observa que o setor de construção civil apresentou um comportamento inesperado durante a pandemia. “Se esperava que o segmento ficasse estagnado. Depois das primeiras semanas, o que se viu foi o contrário. As pessoas começaram a ficar mais em casa, guardar dinheiro, e começaram a investir em imóveis, reformas ou novas obras. Talvez o cenário mude para o ano que vem, pois há falta de materiais e os valores dos insumos subiram bastante. De toda forma, 2020 foi um ano muito movimentado”, analisa Karlize.

Agronegócio em alta

Dirceu Antonio Schnem, Engenheiro Agrônomo de Flor da Serra do Sul e presidente da AEA-FB (Associação dos Engenheiros Agrônomos de Francisco Beltrão), relembra que as atividades agrícolas tiveram algum atraso em função da estiagem, que permeou boa parte deste ano.

“Excetuando os fatores climáticos, a parte de culturas transcorreu de forma normal, com os plantios, tratamentos e colheita. A tendência é de crescimento na área agrícola no Sudoeste. Além de aumento da área de produção, novas tecnologias também têm contribuído para o incremento da produção. A assistência técnica, com profissionais habilitados, cada vez mais presente, também fortalece o setor”, comenta Dirceu Schnem, coordenador regional do Colégio de Entidades de Classe Regional (CDER).

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